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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Noturno a dois




O silêncio nos invade
quando o teu olhar se afasta
e se despe, em local incerto.

Tu ausente, desamparada, só,
qual criança envergonhada e triste
como uma flor, perdida no deserto.

Uma lágrima tua, desliza
pura gota de orvalho esquecida,
guardada no silêncio da memória.

E mais outra hora passou
com o nimbo da noite invadindo o sono,
numa madrugada sem glória.


João-Maria Nabais

Imagem retirada do Google

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