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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Trago na palma da mão a luz diurna

Estefania.



Trago na palma da mão a luz diurna: e a ferida no flanco.

O meu deus, o meu demónio, respira fundo e alto.

Ela, a minha múltipla companheira,

é uma coluna silenciosa e ardente.

A luz sela esta aliança entre o sopro e a matéria

e uma voz se eleva nos barcos do silêncio.


António Ramos Rosa

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