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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Amo o teu túmido candor de astro






a tua pura integridade delicada 
a tua permanente adolescência de segredo 
a tua fragilidade acesa sempre altiva 
Por ti eu sou a leve segurança de um peito 
que pulsa e canta a sua chama 
que se levanta e inclina ao teu hálito de pássaro 
ou à chuva das tuas pétalas de prata 
Se guardo algum tesouro não o prendo 
porque quero oferecer-te a paz de um sonho aberto 
que dure e flua nas tuas veias lentas 
e seja um perfume ou um beijo um suspiro solar 
Ofereço-te esta frágil flor esta pedra de chuva 
para que sintas a verde frescura 
de um pomar de brancas cortesias 
porque é por ti que vivo é por ti que nasço 
porque amo o ouro vivo do teu rosto 

António Ramos Rosa


Imagem retirada do Google

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