Sempre fora de ritmo
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É ainda com o mesmo olhar de menino
Que procuro meus brinquedos
De homem velho.
Há, é certo, muito além
Da inocência de outrora
A urgência do desejo e da hora
E a maldade, envolta
Em palavras gentis e suaves,
Que examina as promessas,
Mesmo as mais reais,
Com incredulidade.
Não me alimento de saudade
Nem de esperança.
Sei que o mundo é uma dança
E vou me balançando como posso.
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