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segunda-feira, 1 de março de 2021

LXXXI

 

LXXXI

 


Olha para as estrelas, meu amor,

nesta mágica noite enluarada

elas são flores do céu,

fixadas no infinito,

que não cairão

como os meteoritos.

São, na verdade, gritos

de um passado distante;

um alerta que o fim

está ali adiante

que, no final, somos apenas pó.

Olha para as estrelas, meu amor,

na sua grandeza

nos mostra 

como somos pequeninos,

que nada há

que nada vai ficar,

além do brilho passageiro,

momentâneo 

de seus raios

com uma beleza fugaz

que nos ensinam a sonhar.

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