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sexta-feira, 19 de abril de 2019

Reinaldo Ferreira







Pietá de Vincent van Gogh






















Já lívido repousa em seu regaço. 
Já não escuta, não vê, não ri, não fala. 
Aquele que foi Seu filho, Ela o embala 
Morto, alheia a tempo e espaço. O assunto não é limiar dos assombros. Dos irados profetas, das rígidas escrituras Sobre um Deus morto; e os únicos escombros São uma aflição das criaturas. Eles choram, various, como vários são Sua revolta e sua dor. Absorto, O da Mãe escorre, inútil, no chão. Ela, o que chora? O Deus parado - ou o filho morto?


 Reinaldo Ferreira

1 comentário:

mariferrot disse...

Um Poeta desconhecido de grande molde linguístico, a sua Poesia andava de mão em mão nos caminhos de Moçambique. Morreu muito novo e os amigos com alguns conhecidos trouxeram até nós, provocando choque emocional, a Obra MARAVILHOSA de Reinaldo Ferreira !!!... Beijo para TI Conde <3