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domingo, 14 de abril de 2019

(Manuel Alegre)





Brisa
Meu amor é marinheiro
E mora no alto mar
Seus braços são como o vento
Ninguém os pode amarrar

Quando chega à minha beira
Todo o meu sangue é um rio
Onde o meu amor aporta
Meu coração um navio

Meu amor disse que eu tinha
Na boca um gosto a saudade
E uns cabelos onde nascem
Os ventos e a liberdade

Meu amor é marinheiro
Quando chega à minha beira
Acende um cravo na boca
E canta desta maneira

Eu vivo lá longe, longe
Onde moram os navios
Mas um dia hei-de voltar
Às águas dos nossos rios

Hei-de passar nas cidades
Como o vento nas areias
E abrir todas as janelas
E abrir todas as cadeias

Meu amor é marinheiro
E mora no alto mar
Coração que nasceu livre
Não se pode acorrentar

(Manuel Alegre)   

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1 comentário:

mariferrot disse...

Manuel Alegre, um militante da vida política que nunca deixou de pisar o tapete da cultura e da Poesia a sublimar os valores das igualdades e da liberdade !!!... Carrega prémios pela sua Obra !!!... Bj para TI Conde <3