Um poema de Tino Barriuso
MILONGA DE ANDAR MUERTO
Tino Barriuso
Soy como lluvia: el descenso
de una nube desplomada.
Soy una risa gastada
y sollozo cuando pienso.
Soy un castillo indefenso,
soy una inútil certeza:
se arruinó la fortaleza
cuando murió el verbo amar.
Y nunca supe gritar:
perdonadme la tristeza.
MILONGA DO ANDAR MORTO
Sou como a chuva: a queda
de uma nuvem destruída.
Sou um riso gasto
e soluço quando penso.
Sou um castelo indefeso,
sou uma certeza inútil:
se arruinou a fortaleza
quando morreu o verbo amar.
E nunca soube gritar:
perdoe-me a tristeza.
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