Por ti...
Damos as mãos, em simultâneo,
nem sequer nos olhamos,
basta o tacto, e esse calor
húmido que me inebria.
Quero sentir-te,
fervilhar no afago da tua mão,
e derreter-me nas mãos do nosso amor.
Não me deixes,
segura-me ainda,
aperta-me, enlouquece-me;
desliza pelo meu corpo
que te espera, entra em mim.
Deixa que eu me entregue
pelo tempo que o tempo dura,
vive por mim, em mim,
o momento de ser tua.
Paula Raposo in ' canela e erva doce' , pág.11, 2006 - Magna Editora
1 comentário:
Deixa que eu me entregue
pelo tempo que o tempo dura,
vive por mim, em mim,
o momento de ser tua.
Lindo poema,bjinho.
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