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domingo, 30 de agosto de 2015

EUGÉNIO DE ANDRADE //// As frágeis Hastes



 
Não voltarei à fonte dos teus flancos
 ao fogo espesso do verão
 a escorrer infatigável
 dos espelhos, não voltarei.
Não voltarei ao leito breve
 onde quebrámos uma a uma
 todas as frágeis
 hastes do amor.
Eis o outono: cresce a prumo.
 Anoitecidas águas
 em febre em fúria em fogo
 arrastam-me para o fundo
 

EUGÉNIO DE ANDRADE  


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