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segunda-feira, 9 de junho de 2014

helena guimaraes /// Perdida




 Vem…
Dá-me a tua mão.
Plano no infinito,
minhas asas
adejam na bruma do horizonte,
perla-se-me a fronte...

de gotas de impotência.
Voo sem rumo
no sol que se reflecte no mar
sem encontrar o universo.
Esta incapacidade de um verso!
Este voar na fímbria das coisas!
Onde está minha nau
e meu sextante?
Perdi-me de ti.
O sol viaja para poente,
tudo tem regra, tudo é consequente.
Eu adejo as asas
Misturadas com a bruma
sem seguir coisa nenhuma.
E percorro de memória
o teu seu ausente.


HELENA GUIMARÃES
  
 
 
 
 
 
 
 

1 comentário:

fatima disse...

Voo sem rumo
no sol que se reflecte no mar
sem encontrar o universo.
Esta incapacidade de um verso!
Este voar na fímbria das coisas!
Onde está minha nau
e meu sextante?
Perdi-me de ti.

Lindissimo como sempre,bjinho CONDE.