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domingo, 22 de junho de 2014

António Ramos Rosa //// Tu....



Grito o teu nome
e se as formigas já comem a terra nos meus lábios

Tu dizes vive 
gravitando cada vez mais longe 
cada vez mais dentro 
do meu círculo de veias 

As palavras enterram-se 
na minha voz 
porque tu és o corpo que abandono sempre 
sem querer sem o saber ainda 

Mas é possível 
ir além das imagens 
ou no interior delas afugentar a morte 

Escuto o teu rumor de espaço vivo
e fujo como um prisioneiro 
que pressente o seu corpo de claridade



António Ramos Rosa
 
Carmen Electra | por : Frodo
 
 

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