Acordei... senti a tua respiração serena.
Encaixados, teu braço sobre o meu corpo,
tua mão repousada sobre o meu sexo.
Com a ternura do Amor... Sorri!
A memória, como máquina do tempo,
levou-me a umas horas antes de adormecermos.
Quando fizémos amor.
O quarto, iluminado por velas, sombras oscilantes nas paredes.
Assim te seduzi.
Lentamente, do teu corpo, peça a peça despi.
O toque na tua pele era como veludo ou cetim.
Emanavas o odor natural de pele de homem vestido de desejo.
Nú! Olhei-te e vi o perfeito de Adónis que és para mim.
Não vi... as marcas dos anos, cicatrizes de vida vivida e quantas vezes sofrida.
Vida a dois partilhada.
Vi o corpo sem mácula do homem amado, por ser a tua Alma que observava.
Com meu olhar e alma te percorri... interior e exterior.
Pronto estavas para o nosso desejo consumar.
Perdemo-nos nas carícias ternas, nos afagos ousados,
nos preliminares prolongados.
O prazer de dar prazer, transporta-nos a dimensões que, não são ilusões.
Existem... são nossas e, nelas damos vazão a todo a nossa excitação.
Indubitável prazer da carne... sabemos como nos provocar.
Bocas, mãos, línguas, beijos... percorreram cada recanto nosso.
Rondaste o portão do meu jardim, semeado de flores abertas para ti.
Nele entraste, juntos fizémos o caminho de amantes sem pudor
Suavemente no início... depois, ahhh depois como alasões selvagens
livres, em galope numa pradaria, demos vazão ao fogo que em nós ardia.
Minhas unhas marcaram tua pele, quando o orgasmo em ambos explodiu.
Paz... serenidade.
Nossos corações abrandaram, respiração normalizada.
Amo-te... Amamo-nos. Corpos e Almas saciadas de prazer e Amor.
Encaixamo-nos. No descanso de guerreiros do amor, abraçados adormecemos.
Sorri de novo. Beijei-te no ombro.
Cerrei os olhos e, feliz ao mundo dos sonhos retornei.
©Susana Maurício
Junho 2014
(ao abrigo do código do direito de autor)
1 comentário:
Lindissimo poema,esta Susana é uma mulher sem complous,realista,uma grande amiga real........
bjinhos Conde
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