O meu orgulho
Lembro-me o que fui dantes. Quem me dera
Não me lembrar! Em tardes dolorosas
Eu lembro-me que fui a Primavera
Que em muros velhos fez nascer as rosas!
As minhas mãos, outrora carinhosas,
Pairavam como pombas... Quem soubera
Pois que tudo passou e foi quimera,
E porque os muros velhos não dão rosas!
São sempre os que eu recordo que me esquecem...
Mas digo para mim: «Não me merecem...»
E já não fico tão abandonada!
Sinto que valho mais, mais pobrezinha:
Que também é orgulho ser sozinha,
E que também é nobreza não ser nada!
Florbela Espanca
3 comentários:
...Florbela jamais conseguiria
ser nada, diante da sensibilidade
poética que tem.
bj, belo moço!
Um soneto fabuloso de Florbela Espanca...Aliás como todos os que ela escreve me tocam profundamente.
É certo que há primaveras já velhas, mas há sempre uma nova que irá renascer e quem sabe os velhos muros até rosas darão e corações iluminarão!!!
Bom sábado
bjgrande do Lago
Não me permito ficar sem fazer minhas visitas.
Como está quase impossivel para mim teclar
fasso tudo que consigo fazer nesse momento.
De uma forma ou de outra deixar meu carinho
e agradeço por Deus ainda me permitir
a isso.
E dentro de mim tenho certeza
nenhum amigo ou amiga
vai criticar por levar cola.
Mais entender minha fidelidade
e o amor que tenho por todos.
Minha alma e coração agradece
todo carinho que recebo.
Tenho certeza que aos poucos
ficarei bem pois não nasci assim.
Deus abençoe seu carinho comigo
e me resguarde para não deixar de vitar você.
Um feliz Domingo beijos no coração
amiga pra sempre,Evanir.
Etarei lendo sua postagem e
trazendo comigo como um balsamo
para o meu coração.
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