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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Entre Dois Amores, de Rosana Braga

Nota: este texto foi roubado....de um blog e coloco-o aqui porque o achei interessante.



Este é o nome (em português) do original “Out of Africa”, filme de Sidney Pollack que conquistou 7 Oscars, entre outros prêmios. Só a atuação da brilhante Meryl Streep já valeria, mas, além disso, o tema é polêmico, já mexeu e continua mexendo com a vida de muitas pessoas.

Durante muito tempo, alimentei a crença de que é impossível gostar de duas pessoas simultaneamente. Que dirá, então, amá-las! Não que tenha mudado completamente de opinião; muito pelo contrário: permito-me uma fase de menos convicções e muito mais reflexões.

Antes de bater o martelo entre o ‘sim’ e o ‘não’ tenho, sobretudo, me empenhado - sempre que possível - em aprender a digerir os fatos e os sentimentos. Claro que, a despeito do que vou escrever agora, não estou aqui para defender a mentira ou a hipocrisia, mas para valorizar a capacidade de fazer escolhas de modo mais consciente.

Certa vez, escrevi um artigo chamado “A vida é feita de escolhas e o amor é uma delas”. Neste caso, continuo convicta: a vida é feita de escolhas. Mas sabemos que nem sempre é fácil fazer uma, especialmente quando as conseqüências são tão intangíveis e imponderáveis, como no amor...

Assim como não é fácil, algumas vezes, optar entre o comprometimento e o solteirismo, também pode acontecer de você gostar ou ser gostado por duas pessoas ao mesmo tempo. E aí, é hora de ponderar!

Alimentar dois ou mais relacionamentos paralelos por tempo indeterminado não me parece a atitude mais digna, a menos que todos os envolvidos saibam desta escolha e possam decidir se querem fazer parte dela ou não. (Sei que acabei de fazer um julgamento de valor e que nem todos são obrigados a concordar comigo, mas enfim, exponho o que penso).

Sendo assim, a pergunta que mais se repete é: quando a dúvida surge e teima em confundir nossos desejos, como escolher entre uma pessoa e outra sem experimentá-las? E aqui, o verbo “experimentar” quer dizer conhecer, aproximar-se para saber mais sobre tais pessoas.

Realmente... não é fácil! Mas será preciso, mais cedo ou mais tarde, arriscar, fazer a escolha e ver no que dá! E enquanto isso?!? Bom, enquanto isso, observe, sinta, reflita, permita-se uma aproximação com o intuito de se decidir.

Talvez seja este o grande segredo, a grande diferença: algumas pessoas cultivam duas relações ao mesmo tempo para seu bel prazer ou para esconder sua enorme insegurança. Aqui, especificamente, não estou falando de optar pelas duas e sim de se dar um tempo até que você consiga perceber melhor o que realmente quer.

Claro que se esta situação acontece com uma pessoa solteira ou que apenas namore, fica muito mais simples vivenciar esses sentimentos sem colocar em risco tantas conquistas relevantes. Mas quando acontece com uma pessoa casada, onde muitos outros detalhes entram em jogo, a situação é bem mais delicada e merece um cuidado muito maior.

Portanto, se o trono do seu coração está servindo, neste momento, para uma espécie de “dança das cadeiras”, sendo que você ainda não sabe quem vai se sentar nele quando a música parar, sugiro que você selecione a tecla “repetir”, deixando a música tocar algumas vezes seguidas, até que consiga pará-la no momento em que seu preferido estiver diante dela...

No mais, procure agir tão dignamente quanto dignos são os seus sentimentos!

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