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quarta-feira, 28 de julho de 2010

....penso em ti.




Pois eu não, por Deus não, eu não te esquecerei
até que me separe de minha alma...
(Khamsá')


Penso em ti quando solto,
o lobo dos sentidos salta sobre mim
na sede indizível dos perdidos.

Penso em ti, na noite, antes perfumosa,
a devassar janelas e lençóis.
Agora, névoa, visgo de dor
que atravesso entre gemidos.

Penso em ti quando se alteia
o mar e, músico, deixa no ar
um tremor, um alarido,
tal qual o amor.

Penso em ti quando
recua o mar
levando o espanto de todo início
e, vago, deixa o sal
para que nada morra
nem a saudade do que hoje é findo.

2 comentários:

Feiticeira disse...

Nenhum amor, nenhuma paixão morre quando foi verdadeira, foi sentida.

Beijinhos

Marcia M. disse...

olha que lindo mar ...mas revolto demais..o meu é sereno,as vezes fica assim como este,bjs!