Seguidores

terça-feira, 29 de setembro de 2009

UMA POETISA DO PARAGUAI


UNA VEZ

María Luisa Artecona de Thompson

Hoy anduvimos celosamente humanos,
rescatando el idilio de las horas.
Por eso fui buscando un lapso claro
para ofrecerte mi vendimia simple.
Pero tú, generoso hasta el convite del vino
de mi agrazón oscura, hiciste uvas doradas,
y un poco deslumbrado
de pronto, todo lo cambiaste
y se tiñeron tus ojos de dulzura
y nada más que así fue nuestro encuentro.
Había una vez. No.
Erase una vez. No.
Que fueron muy felices. No.
Ya lo sé, amor,
son los tenaces juegos de tu ausencia.
(1984)

De: El canto a oscuras

Uma Vez

Hoje nós andamos zelosamente humanos,
resgatando o idílio das horas.
Por isso fui buscando um lapso claro
para oferecer-te minha vindima simples.
Porém, tu, generoso até o convite do vinho
escuro da minha amargura, fizestes uvas douradas,
e um pouco deslumbrado
de pronto, tudo mudastes
e se tingiram teus olhos de doçura
e nada mais que assim nosso encontro.
Houve uma vez. Não
Apague uma vez. Não
Que foram muito felizes. Não
Eu sei- era o amor,
são os tenazes jogos de tua ausência.

1 comentário:

Feiticeira disse...

Um vez, muitas vezes, nenhuma vez

Algumas vezes

Beijo