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sábado, 29 de julho de 2023

Mário Cesariny

 

JUL

Põe-me as mãos no sexo, 
Beija-me na coxa, 
Abre-me no plexo, 
Uma ferida roxa. 

Eu não sei porquê, 
Meu dês d'onde venho, 
Sou o ser que vê 
Só o seu tamanho. 

Põe a tua mão 
Num laço sem fim, 
E chega ao desvão, 
Abre-o para mim.


Mário Cesariny




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