NOITES NEGRAS
Vivo com medo dessas noites negras,
desesperadoramente negras,
de violentas tempestades
em que o tempo arde
e o vento da chuva não refresca
e os clarões no céu
nos fazem ter mais temor ainda.
São noites em que não durmo.
São noites em que não sonho
e, no escuro do quarto,
na completa ausência de luz,
fico procurando em vão por você,
as mãos perdidas em lençóis amassados
e o coração batendo também desesperado.
E, nessas noites, longas noites,
que são muito mais do que pode parecer,
é que me convenço
que minhas noites serão sempre negras
sem você.
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