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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Quanto, quanto me queres? António Botto




 
Quanto, quanto me queres? — perguntaste
Numa voz de lamento diluída;
E quando nos meus olhos demoraste
A luz dos teus senti a luz da vida.
 
Nas tuas mãos as minhas apertaste;
Lá fora da luz do Sol já combalida
Era um sorriso aberto num contraste
Com a sombra da posse proibida...
 
Beijámo-nos, então, a latejar
No infinito e pálido vaivém
Dos corpos que se entregam sem pensar...
 
Não perguntes, não sei — não sei dizer
 Um grande amor só se avalia bem
Depois de se perder.
 
stock photo : silhouette of bridge and pair of lovers on city background
 
 
.
 
 
 
 

1 comentário:

Unknown disse...




OLÁ!!!!!!

MUITO VERDADE E MUITO BONITO!!!!

BEIJO....D. JUAN:)))