A Verdade A verdade é semelhante
a uma adolescente
vibrante, flexível, em radiosa sombra.
Quando fala é a noite translúcida no mar
e a esfera germinal e os anéis da água.
Um apelo suave obstinado se adivinha.
Ela dorme tão perfeitamente despertada
que em si a verdade é o vazio. Ela aspira
à cegueira, ao eclipse, à travessia
dos espelhos até ao último astro. Ela sabe
que o muro está em si. Ela é a sede
e o sopro, a falha e a sombra fascinante.
Ela funda uma arquitectura volante
em suspensas superfícies ondulantes.
Ela é a que solicita e separa, delimita
e dissemina as sílabas solidárias.
António Ramos Rosa, in "Volante Verde
1 comentário:
OA!!!!CONDE!!!!!
Há muitas verdades(subjetivas)
mas.....
A VERDADE ( em si MESMA)
o que SERÀ?????!!!!!
beijinhos
Enviar um comentário