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sábado, 29 de setembro de 2012

Carvajal de volta



Dame, dame la noche del desnudo...               

Antonio Carvajal

Dame, dame la noche del desnudo
para hundir mi mejilla en ese valle,
para que el corazón no salte, y calle:
hazme entregado, reposado y mudo.

Dame, dame la aurora, rompe el nudo

con que ligué mis rosas a tu talle,
para que el corazón salte y estalle:
hazme violento, bullidor y rudo.

Dame, dame la siesta de tu boca,

dame la tarde de tu piel, tu pelo:
sé lecho, sé volcán, sé desvarío.

Que toda plenitud me sepa a poca,

como a la estrella es poco todo el cielo,
como la mar es poca para el río.
  
Dá-me, dá-me a noite do desnudo...

Dá-me, dá-me a noite do desnudo
para afundar meu rosto neste vale,
para que o coração não salte e cale:
Faz-me entregue, repousado e mudo.

Dá-me, dá-me a aurora, rompe o nu  
com que liguei minhas rosas a teu talhe
para que o coração salte e estale:
faz-me violento, bulidor e rude.

Dá-me, dá-me o cochilo de tua boca,
dá-me a tarde de tua pele, teu cabelo:
sê leito, sê  vulcão, sê desvario.

Que toda a plenitude me saiba pouca,
como a estrela é pouca em todo o céu,
como ao mar é pouco todo rio.

2 comentários:

Marcia M disse...

Passando para ler e te deixar um carinho!

fatima disse...

Adorei!!!!!!!!!Dá-me, dá-me o cochilo de tua boca,
dá-me a tarde de tua pele, teu cabelo:
sê leito, sê vulcão, sê desvario.

Que toda a plenitude me saiba pouca,
como a estrela é pouca em todo o céu,
como ao mar é pouco todo rio...Lindo e sensual..........beijinho.....