Reflex(ã)o...
Não olho o passado. Estando eu sozinho pouca importância tem para mim. Procuro construir uma filosofia do ver e não do relembrar-me. Muitos dias foram fatídicos, muitos momentos feitos da mais sólida pedra. Mas tudo isso é relativo. Para mais porque o que aqui vejo é tão grande que tudo o que foi parece caminho monótono. Depois porque a lembrança, entre tudo, já não dá a ninguém aquele grau de conhecimento que infunda respeito. O passado deixou de ser partilhável. Nada tem fundamento e é por isso que aqui venho. Tenho-me como uma espécie de fundador de uma escola do ver, a começar pelas nuvens que são objecto de estudo preferencial.
João do Vale
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