Não posso ouvir o teu silêncio!
Admiti-lo é assumir que te ausentaste
que te passeias
aonde eu te procuro
e que só a noite me faz companhia
Guio-me pelo mapa do corpo
que já foi meu
e alcanço a fronteira
para a intemporalidade
onde nada se move
e nada dói
só a saudade escorre
só a saudade corrói
E é incerto e breve esse sonho
que me alimenta
como o são as mãos que são só minhas
que se guiam cegas sozinhas
pelo labirinto escuro
onde eu permaneço
e onde tropeço
em cada lembrança tua
Breve é aquilo que nos reúne
e tão longo aquilo que nos afasta
são reis
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