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sábado, 28 de outubro de 2017

eugénio de andrade

































Dormíamos nus
no interior dos frutos.

É o que temos: sono
e a estiagem subitamente
até ao fim.

Amargos.

Pela humidade descia-se
às fontes - lembro-me.
Dos lábios.



Eugénio de Andrade

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