Onde é aqui,
o centro,
onde se respira,
a cama limpa
o corpo inteiro e nu.
Onde é a fome e o braço toca
o esplendor.
Respira o ventre,
a vela incha
ao sol e ao mar sem fim.
Onde é aqui,
a fome nua,
a árvore exacta
no centro
da alegria,
a luz e o olhar
aberto ao mar.
Onde é onde
a mão sabe
a carícia da anca
e a língua fabrica
o seu sabor a sol.
Onde o fogo acende
o pulso do poema.
António Ramos Rosa
Sem comentários:
Enviar um comentário