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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

SAAVEDRA



VESTIDA COMO EL CAMPO

Carlos Castro Saavedra

De verde te amo más, con el vestido
que se parece al campo cuando llueve,
y el campo se emociona y multiplica
su verdura por nueve.

Ataviada de selva, de árbol joven,
por mi casa mensual cantas, caminas,
y despreocupas las habitaciones
con tu aroma de encinas.

Pienso que te sembré, que soy labriego,
que tu seno es el fruto de mi arado,
y que te salen hojas de la vida,
y ramas del costado.

Te quiero más así, toda de verde
olorosa a madera, esperanzada,
como recién salida de la tierra
con la cara mojada.

Déjame recostar sobre tu falda,
soñar que me he perdido en tu follaje,
y que un hijo me busca como loco
debajo de tu traje.

Vestida como o campo


De verde te amo mais, com o vestido
Que se parece ao campo quando chove,
E o campo se emociona e multiplica
Teu verdor por nove.

Enfeitada de selva, de árvores jovens,
por minha casa mensal cantas, caminhas,
e desatenta dos quartos
com o teu aroma de carvalho.

Penso que és a semeadura, sou um agricultor,
e teu coração é o fruto do meu arado,
e que te saem folhas de vida,
e ramos dos costados.

Te quero mais, toda de verde
perfumada madeira, esperançosamente,
tão fresca da terra
com o teu rosto molhado.

Deixe-me deitar no teu colo,
sonhar que me perdi em tua folhagem,
e que um filho me busca como um louco
debaixo dos teus trajes.

1 comentário:

segredo disse...

K poema lindo e intenso!!!
Beijinho de lua*.*