Amor é bicho instruído
Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
Carlos Drummond de Andrade
Foto:Sabine Schönberger
2 comentários:
Lindo, este poema de Carlos Drummond de Andrade.
L.B.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
Nao, nao sara nunca.
Amor nao se esquece, não é mesmo? rs rs rs
Beijos
Lindo demais
Obrigada
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