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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

SOPHIA DE MELLO BREYNER

 SOPHIA DE MELLO BREYNER

"Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta."



1 comentário:

mariferrot disse...

A morte nada muda, apenas nós mudamos de estado, deixamos de ser vistos e pontualmente seremos sentidos !!!...

Beijo Conde