XXXVI
Bela como a mais escura das noites
a majestosa rainha da Etiópia
povoa os meus sonhos mais ocultos,
as réstias obscuras dos meus desejos portugueses,
a minha fascinação pelas pegajosas jabuticabas,
que não escondem a doçura de seu ser.
Ah! Tentadora mulher,
a tua pele de alabastro,
com a luminosidade dos astros,
têm a clareza das profundidades mais escuras,
as perigosas atrações das águas abismais,
o prateado das belezas maiores,
a lisura das curvas feitas para o amor
e para a liberdade das carícias,
que, no prazer, causam dor.
Podes até mesmo
não ter a pele mais escura do mundo-
como muitos dizem-
todavia, és uma deusa humana
cujo o encanto da cor nos faz felizes
ao reinar na imaginação
nossa, pobres mortais,
súbditos do teu ingênuo explendor
que nos faz fazer perder os corações.
Só posso te dizer,
Nyakim Gatwech,
que, da genética, és o high-tech,
o sumo da beleza universal,
a forma do encanto ao natural
e nada mais.
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