Quase um Poema de Amor
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domingo, 28 de fevereiro de 2021
Miguel Torga
sábado, 27 de fevereiro de 2021
Nuno Jùdice
Braille
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
De Torre da Guia
Amar
É sentir os ais
E os golpes
Da mesma dor
Num corpo
Longe demais
Que nos sufoca
De amor.
Amar é muito pior
Após a dor
Consumada,
Porque amar
Sem ter amor ,
Não é nada ,
Não é nada.
Torre da Guia , do livro Labor das Entranhas
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
Manuel António Pina
Prece...
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021
Nuno Júdice
sentidos...
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Pedir-te /// Maria Teresa Horta
Photo: Horst P. Horst |
Pedir-te a sensação
a água
o travo
aquele odor antigo
de uma parede
branca
Pedir-te da vertigem a
certeza
que tens nos olhos quando
me desejas
Pedir-te sobre a mão
a boca inchada
um rasto de saliva
na garganta
pedir-te que me dispas
e me deites
de borco e os meus seios
na tua cara
Pedir-te que me olhes
e me aceites
me percorras
me invadas
me pressintas
Pedir-te que me peças que
te queira
no separar das horas
sobre a língua
Maria Teresa Horta
A CULPA
A CULPA
La Tierra Del Olvido feat. Carlos Vives | Playing For Change | Song Arou...
domingo, 21 de fevereiro de 2021
Pedro Tamen
Era o amor
Kenny Rogers & Bee Gees - You and I (Tradução)
XXXVI
XXXVI
Bela como a mais escura das noites
a majestosa rainha da Etiópia
povoa os meus sonhos mais ocultos,
as réstias obscuras dos meus desejos portugueses,
a minha fascinação pelas pegajosas jabuticabas,
que não escondem a doçura de seu ser.
Ah! Tentadora mulher,
a tua pele de alabastro,
com a luminosidade dos astros,
têm a clareza das profundidades mais escuras,
as perigosas atrações das águas abismais,
o prateado das belezas maiores,
a lisura das curvas feitas para o amor
e para a liberdade das carícias,
que, no prazer, causam dor.
Podes até mesmo
não ter a pele mais escura do mundo-
como muitos dizem-
todavia, és uma deusa humana
cujo o encanto da cor nos faz felizes
ao reinar na imaginação
nossa, pobres mortais,
súbditos do teu ingênuo explendor
que nos faz fazer perder os corações.
Só posso te dizer,
Nyakim Gatwech,
que, da genética, és o high-tech,
o sumo da beleza universal,
a forma do encanto ao natural
e nada mais.
sábado, 20 de fevereiro de 2021
António Ramos Rosa
Silêncio(s)
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021
Mário Quintana
Canção do dia de sempre
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021
Hamilton Ramos Afonso
Emudeço
O suporte da vida
O suporte da vida
Cultiva teus sonhos
como se fossem rosas.
Cultiva teus sonhos
da melhor forma que puder.
Pensa que teu sonho
é tudo o que quer-
ainda que, insano, o deixe
sem cuidado num canto da mente ou
num pedacinho do teu coração.
Não deixe, porém não,
nunca, jamais teu sonho morrer.
Um homem sem sonhos não tem porquê viver!
Ilustração: http://www.sertaocaboclo.com.br/.
Torre da GUIA
A saudade em teu lugar
À janela do quarto que deixei
E o tempo habitou em teu lugar
Um dia destes,quando lá passei
Pareceu-me ver-te lá a espreitar ?
Depois de tanto tempo ter passado,
Logo retomei o meu caminho.
Podia lá ser, tu teres voltado
Àquele que fora o nosso ninho ?
Não sei como foi, mas de repente,
Voltei para trás quase a correr,
Não contendo a força inconsciente
Do enorme desejo de te ver.
Olhando de novo, vi enfim
Naquela janela a verdade :
Não eras tu que olhavas para mim,
Mas em teu lugar , era a saudade.
António Torres , que utiliza habitualmente o pseudónimo de "" Torre da Guia "", nasceu no Porto, a 4 de Junho de 1939 , cidade onde frequentou o Liceu D. Manuel //e o Grande Colégio Universal. Em 1957 terminou os seus estudos no Colégio D. Nuno , na Póvoa do Varzim. Quando da Revolução de 25 de Abril, radicou-se em França , aí permanecendo até 1979. Hoje ( 1989 ) vive em Mindelo, Vila do Conde , donde são naturais os seus numerosos familiares que, desde os seus avòs paternos vão já na 4ª geração. Pendi a escritor-de-fados desde 1962, após ter conhecido e estabelecido amizade com Nuno de Aguiar (intérprete de grande parte da minha obra) e ter tido o privilégio da estima e do apoio musical de Álvaro Martins.
Do livro Labor das entranhas/ Poesia