Eugénio de Andrade)
Não canto porque sonho
Não canto porque sonho.
Canto porque és real.
Canto o teu olhar maduro,
o teu sorriso puro,
a tua graça animal.
Canto porque sou homem.
Se não cantasse seria
o mesmo bicho sadio
embriagado na alegria
da tua vinha sem vinho.
Canto porque o amor apetece.
Porque o feno amadurece
nos teus braços deslumbrados.
Porque o meu corpo estremece
por vê-los nus e suados.
(Eugénio de Andrade)
A mais bela versão de uma das mais perfeitas músicas. Fausto e Zeca, que mais se pode dizer? Magistral. Do álbum "P'ro que der e vier", letra de Eugénio de Andrade e música de António Pedro Braga e Fausto Bordalo Dias.
Sem comentários:
Enviar um comentário