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quarta-feira, 25 de julho de 2018

(Eugénio de Andrade)



Eugénio de Andrade)





Não canto porque sonho
Não canto porque sonho. 

Canto porque és real. 

Canto o teu olhar maduro, 

o teu sorriso puro, 

a tua graça animal.



Canto porque sou homem. 

Se não cantasse seria 

o mesmo bicho sadio 

embriagado na alegria 

da tua vinha sem vinho. 



Canto porque o amor apetece. 

Porque o feno amadurece 

nos teus braços deslumbrados. 

Porque o meu corpo estremece 

por vê-los nus e suados.

(Eugénio de Andrade)   



A mais bela versão de uma das mais perfeitas músicas. Fausto e Zeca, que mais se pode dizer? Magistral. Do álbum "P'ro que der e vier", letra de Eugénio de Andrade e música de António Pedro Braga e Fausto Bordalo Dias.

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