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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Tudo o que te dou ....



Na chuva VIII


Eu não sei, que mais posso ser

um dia rei, outro dia sem comer
por vezes forte, coragem de leão
às vezes fraco assim é o coração
eu não sei, que mais te posso dar
um dia jóias noutro dia o luar
gritos de dor, gritos de prazer
que um homem também chora
quando assim tem de ser

Foram tantas as noites sem dormir

tantos quartos de hotel, amar e partir
promessas perdidas escritas no ar
e logo ali eu sei...

(Que) Tudo o que eu te dou

tu me dás a mim tudo o que eu sonhei tu serás assim
tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
e tudo o que eu te dou

Sentado na poltrona, beijas-me a pele morena

fazes aqueles truques que aprendeste no cinema
mais peço-te eu, já me sinto a viajar
pára, recomeça, faz-me acreditar
"Não", dizes tu, e o teu olhar mentiu
enrolados pelo chão no abraço que se viu
é madrugada ou é alucinação
estrelas de mil cores, ecstasy ou paixão
hum, esse odor, traz tanta saudade
mata-me de amor ou dá-me liberdade
deixa-me voar, cantar, adormecer

...



Pedro Abrunhosa

1 comentário:

fatima disse...

Lindissimo poema........como tudo o que é do Pedro Abrunhosa,e que tu tao bem sabes postar....
beijinhos.........