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sábado, 28 de janeiro de 2012

Jorge Carrera Andrade



Golondrinas

Jorge Carrera Andrade

Que me busquen mañana.
Hoy tengo cita con las golondrinas.
En las plumas mojadas por la primera lluvia
llega el mensaje fresco de los nidos celestes.
La luz anda buscando un escondite.
Las ventanas voltean páginas fulgurantes
que se apagan de pronto en vagas profecías.
Mi conciencia fue ayer un país fértil.
Hoy es campo de rocas.
Me resigno al silencio
pero comprendo el grito de los pájaros
el grito gris de angustia
ante la luz ahogada por la primera lluvia.

Andorinhas

Que me procurem amanhã.
Hoje eu tenho um encontro com as andorinhas.
Nas penas molhadas pela primeira chuva
chega a mensagem fresca dos ninhos celestes.
A luz anda buscando um esconderijo.
As janelas folheiam páginas fulgurantes
que se apagam em vagas profecias.
Minha consciência foi ontem um país fértil.
Hoje é campo de rochas.
Resigno-me ao silêncio,
porém, compreendo o grito das aves
o grito cinzento de angústia
ante a luz afogada pela primeira chuva.


Do Blog de Spersivo

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