Seguidores

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

RAFAEL DE DIOS



De roca y arena

Rafael de Dios

Apariencia de gélida roca
en las yemas te vas deshaciendo
de mis dedos. Te abrazo, te tiendo
y me bebo la miel de tu boca.

A mi piel, que, desnuda, te toca
y te abrasa cual cántaro hirviendo,
tú respondes amando y gimiendo
de manera fantástica y loca.

Moriría, cariño, de pena,
en tu cuerpo feliz navegante,
si algún día me fueras ajena.

Que preciso gozar, tierno amante,
de tu cuerpo de roca y arena
como el agua del mar incesante.

De rocha e areia

Aparência gelada de rocha
que em gomos se vai desfazendo
em meus dedos. Te abraço, te tendo
e eu bebo o mel de tua boca.

Minha pele, que, nua, te toca
e te abraça qual cântaro fervendo
tu respondes amando e gemendo
de maneira fantástica e louca.

Morreria, querida, de tristeza,
em teu corpo feliz navegante
se um dia ficasse alheio à tua beleza. .

Que preciso gozar, terno amante
de teu corpo de areia e dureza
como a água do mar incessante.

Ilustração: Cundo Bermundez, Mujer peinando su amante

1 comentário:

Feiticeira disse...

Andas caprichando, outor poema lindo, dificil até de comentar

Beijos