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sábado, 4 de novembro de 2023

DECEPCIÓN Marian Aguiló

 DECEPÇÃO


A doença da alma a ninguém mata,

Mas o faz agonizar sua grande pressão...

Quando a dor o coração maltrata,

Se escapa pelos olhos sua aflição.

 

Mas a pena que o pranto nos desata

Não ameniza o ardor do coração;

Suas fibras molhadas e com rancor dilata

Para acoplar a mais cruel desolação.

 

Oh, pobre do que em hora tão amaldiçoada

Sinta o amor e é do amor proscrito!

E foge da morte, mas também da vida!

 

Vive para provar que não é um mito

Que, se o homem se inflama sem medida,

Seu sofrer, sem amor, será infinito!





1 comentário:

mariferrot disse...

Deceção, as punhadas da vida, que não matam mas não param de sangrar, roubam a luz do dia, o calor do sol, a pureza da chuva e os sonhos do sono da noite. Tão oca quanto vazia a deceção deixa a alma amortalhada!!...


Beijo Conde