bebo-te…como água que rebenta das fontes
aqui tens a minha sede. as águas dos rios
somente satisfazem a urgência maior
e nada diz de ti esse líquido que a sede sacia:
queria beber-te nas ondas do teu ciúme
e despedaçar-me no desejo dos teus lábios
queria alcançar a nuvem e colher a rebeldia
das gotas exaltantes dos teus beijos
queria a ribeira da tua pele como a água
que rebenta das fontes
e unidos na mesma sede alcançar o êxtase
na cintilação dos mesmos horizontes
queria o incêndio escrito na mesma sede
e morrer no martírio de doçuras de amante
aqui tens a minha sede: fogo e água da tua boca
ardendo no azul duma água murmurante.
Bernardete Costa (Poetisa portuguesa, 1949- )
1 comentário:
hummmm....mas que inovação, sim senhor!
gosto do novo visual, sempre tudo em evolução...
abraço e bom feriado, não faça nenhum amanhã, que eu vou fazer o mesmo...rsrs
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