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sexta-feira, 31 de maio de 2024

Zorba The Greek





Este é o temperamento e a beleza que todos os amantes desta música deveriam compreender.

Você é heterossexual? [Agora é Hora - 17.06.15]





Povo é beeemmm ignorante!

 

MAY



O amor era aquele quarto vazio, e de súbito 
cheio quando por ele entravas. Amontoavam-se 
as roupas quando te despias; pouco importava 
a luz que entrava pela janela, de persianas 
abertas, ou a breve luz de um candeeiro quando 
era noite, e o que eu via tinha a luz da tua pele. 

O amor, então, era esse livro que estava 
por abrir. Eram as folhas da árvore que o vento 
fazia roçar pelo vidro, e esse ruído acompanhava 
o roçar da mão pelo corpo. Eram aqueles pássaros 
que insistiam em cantar, como se a primavera 
durasse para sempre, e para sempre o amor durasse. 

Mas tudo tinha a eternidade daquele instante, 
e pela tua boca passavam as quatro estações 
do poema que me dizias. Não era preciso olhar 
para o relógio que não existia; nem saber de quem 
eram os passos que ouvi naquela hora, como se houvesse 
outros passos além dos teus, quando chegavas. 

Não fiz a conta a esses quartos, não sei já se era 
noite ou se era dia quando, para sempre, a porta se abria, 
não sei quantas vezes o livro ficou por fechar, nem 
que livro era esse que ainda está por abrir. Uma luz, 
apenas, vem dessa rua em que tantas vezes te via, 
e ainda ouço, no meu canto, o que o teu amor me dizia.


Nuno Júdice

ÀLVARO FEIJÓ

 

Álvaro Feijó - Eu tive um pássaro de prata




Eu tive um pássaro de prata
Álvaro Feijó (1916-1941)

Eu tive um pássaro de prata…
Seguia rotas sem fim
– sem dar conta das horas, das distâncias –
para longe de mim.
Um dia veio a tempestade…
O pássaro quebrou as suas asas de prata
e capotou!
Sofri!
Eu sei lá se sofri,
vendo no chão toda a engrenagem
que a moldara
e a fuselagem
deselegante, como uma lesma, indiferente, ao sol.
E nem assim
deixou de erguer-se ao céu o pássaro de prata
tentando novas rotas,
voando sempre, e só, para dentro de mim…

Álvaro Feijó (1916-1941)

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Silenciosamente

 

Silenciosamente



Estamos aqui,

Tu e eu,

de repente, envolvidos na mágica do desejo

deitados sob o céu estrelado

testemunha imensa e muda

de palavras e gestos de carinhos

que, amanhã,

talvez tenhamos certeza de ter inventado

como a forma de explicação

para aceitar o inexplicável.

Agora,

nada mais é necessário

além de encostar minha boca na tua

e devagar

sugar a língua

como quem saboreia o sonho,

a vida, o momento, a alegria

com a satisfação e o espanto

de criança que descobre o pecado...

Não é uma noite,

no entanto, para grandes pensamentos

ou preocupações com pequenas tristezas.

A tendência pressentida

de ser

assim impossivelmente um do outro

nos exige carícias, concentração,

adivinhações e experimentos da mão,

da pele, da medida exata do toque,

da palavra e do silêncio.

Entre lençóis,

o prazer e os gemidos

inundam a cama

e inesperadamente

explodem

nos suaves afagos de tuas mãos

e nas palavras desarticuladas

que a tudo dá sentido.

O brilho dos teus olhos

de menina ilumina a noite

e, sem explicações,

justifica a existência e o amor

sem palavras,

silenciosamente.

............................

 Mulher é terra de rios a correr. Nas veias, dos olhos, dos seios, da vulva. Na casa mulher todo rio é vida.





quarta-feira, 29 de maio de 2024

(António Gedeão)

 FALA DO HOMEM NASCIDO

Venho da terra assombrada,
do ventre de minha mãe;
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém.
Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui,
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci.
Trago boca para comer
e olhos para desejar.
Com licença, quero passar,
tenho pressa de viver.
Com licença! Com licença!
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
não tenho tempo a perder.
Minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte;
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham,
nem forças que me molestem,
correntes que me detenham.
Quero eu e a Natureza,
que a Natureza sou eu,
e as forças da Natureza
nunca ninguém as venceu.
Com licença! Com licença!
Que a barca se fez ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença! Com licença!
Com rumo à estrela polar.
(António Gedeão)




Mungo Jerry - In the summertime




Cá temos: ano 70. Quem não se lembra desta?



Posso sentir o cheiro da erva através dos meus fones de ouvido.




Esta música resume como todos nós nos sentíamos durante os anos setenta. Belos momentos felizes além da compreensão. Quando você é jovem você ama tudo e todos. As experiências da vida são o que muda você.

..........................

 O filho "roqueiro" de um pastor de igreja está prestes a completar 18 anos.

O rapaz, cabelos compridos e louco para conduzir, resolve pedir o carro emprestado ao pai. Depois de pensar um pouco, o pastor responde:
– Filho, vamos fazer o seguinte trato: você melhora suas notas na escola, estuda a Bíblia todos os dias e corta esse cabelo. Depois voltamos a conversar.
Um mês depois o rapaz volta a perguntar ao pai se pode usar o carro.
– Filho, eu estou realmente orgulhoso... você melhorou as suas notas na escola e estudou a Bíblia, mas... não cortou o cabelo! Assim, não cumpriu o nosso trato!
Respondeu o filho mostrando a sua sabedoria:
– Pai, lendo a Bíblia eu fiquei intrigado: Sansão usava cabelos longos, Noé também. Até Jesus tinha cabelos compridos… E todos eram boas pessoas!
Responde o pai:
– É verdade meu filho; e olha só... todos andavam a pé




Andrea Bocelli and Luciano Pavarotti Medley





Andrea Bocelli and Luciano Pavarotti Medley



Posso ver o carinho de Pavarotti por Bocelli... como um pai orgulhoso de seu filho. Gostaria que houvesse mais deles cantando juntos.



As duas melhores e mais belas vozes do século. Quão pequenos e insignificantes soam todos os outros cantores em comparação com estes dois gigantes da ópera! Descanse em paz Luciano

Brujo! El mejor trabajo del mundo




A melhor magia que eu já vi.


Já tinha visto mágicos ruins e improvisados, mas esse... leva a melhor!!!! Que professora!!!!!

Histórias de Hodja

 Histórias



de Hodja

Hodja foi convidado para almoçar na casa de um homem muito rico e que gostava de pregar partidas.



Era Verão e como estava muito calor serviram a compota gelada em primeiro lugar. O anfitrião, colocou em frente de cada convidado uma colherzinha de chá muito pequena e para ele reservou uma colher grande de sopa e sempre que a levava à boca exclamava deliciado: “Esta compota está boa de morrer...”

Hodja olhou para ele uma vez, depois outra e sem poder conter-se mais disse:

- “Senhor, por que não nos arranjas uma colher grande como a tua para nós podermos também morrer um pouco?”





UM JUDEU

 Um judeu, de sangue raríssimo, doou 1/2 litro de sangue a um milionário árabe muito doente.

Para retribuir o gesto, o milionário deu-lhe uma BMW, zero km.
Dias depois, o milionário precisou de mais sangue.
Avisou o judeu, que super-depressa foi ao hospital.
- Seria preciso mais 1 litro.
O judeu falou:
- Se quiser, tire logo 3 litros.
- Assim foi feito.
No dia seguinte o judeu recebe uma caixa do milionário
contendo bombons. Ficou indignado!
Foi cobrar do milionário uma explicação.
- Ora, da primeira vez, doei 1/2 litro e ganhei uma BMW.
Na segunda vez, 3 litros e só ganhei bombons. Por quê?
O milionário explicou:
- Você esqueceu de que agora tenho sangue judeu




O AZARADO

 O AZARADO

Um sujeito encontra um amigo que não via há muito tempo e inicia a conversa:
 - Fonseca!!! Há quanto tempo! Tudo bem?
 - Péssimo... - responde o outro.
 - Mas como péssimo? Com aquele Ferrari que tu tens?
 - Virou sucata num acidente... E o pior é que o seguro tinha acabado de vencer.
 - Bem, vão-se os anéis, mas ficam os dedos. E o teu filho? Inteligente, o rapaz! Já está formado?
 - Estava ao volante do Ferrari... Morreu.
O amigo tenta fugir daquele assunto tão trágico.
 - E a tua filha, que mais parecia um modelo?
 - Pois é! Estava junto com o irmão. Só a minha mulher não estava no carro.
 - Graças a Deus! Como vai ela?
 - Fugiu com o meu sócio.
 - Bem... Pelo menos a empresa ficou só para ti.
 - Ela fugiu com ele porque me roubaram tudo. Deixaram a firma falida. Estou devendo milhões!
 - Puuuxa! Então vamos mudar de assunto. A tua equipa?
 - Oh, não! Tu não me perguntes pelo Sporting!
 - Pelo amor de Deus, Fonseca! Não tens nada de positivo???
 - Sim, tenho... HIV.

António Franco Alexandre


Salva-me agora, não desta morte ou de outra 
mas de ir vivendo assim seguramente 
sem música nem arte, e com o amigo ausente. 
No escuro ainda levantei-me e vi 
a antiga madrugada que nascia 
leve e primeira com a luz macia. 
E quem me ouvia, senão os mortos mansos 
e generosos sob a lousa fria? 
É certo que sonhei que me deixavas 
amar e ser amado, como quem 
sem mérito nem rosto me fizeste; 
mas era de cantor que me mandavas 
às portas da cidade ver arder o dia.


António Franco Alexandre

terça-feira, 28 de maio de 2024

Ainda e sempre “Aquilino Ribeiro”

 

TERÇA-FEIRA, 28 DE MAIO DE 2024

Ainda e sempre “Aquilino Ribeiro”

 


“Meus queridos camaradas, olhem sempre em frente, olhem para o sol, não tenham medo de errar sendo originais, iconoclastas, o mais anti que puderem, e verdadeiros, fugindo aos velhos caminhos trilhados de pé posto e a todas as conjuras dos velhos do restelo. Cultivem a inquietação como uma fonte de renovamento. E, enquanto vivermos, façamos de conta que trabalhamos para a eternidade e que tudo o que é produção do nosso espírito fica gravado em bronze para juízes implicáveis julgarem à sua hora”.

— AQUILINO RIBEIRO (Sernancelhe, Viseu, 13 de Setembro de 1885 — Lisboa, 27 de Maio de 1963), escritor, no discurso que proferiu aquando da homenagem que lhe foi prestada pelos seus 50 anos de vida literária, na SPE, a 9.3.1963 — in Seara Nova, N.º 1410, Abril de 1963, p. 87.

CONSULTAS DE SEXOLOGIA

 CONSULTAS DE 


SEXOLOGIA 

(PELO TELEFONE COM A Drª LÚCIA)





Ouvinte: - Bom dia Drª Lúcia! Aqui é a Bruna! Eu queria saber se posso tomar anticoncepcional com diarreia...

Drª Lúcia: - Olha... eu tomo com água, mas a opção é sua!

Ouvinte: - Bom dia Drª Lúcia! Me chamo Jeferson e eu gostaria de saber como faço pra minha esposa gritar por uma hora depois do sexo!

Drª Lúcia: - Limpe o pau na cortina!

Ouvinte: - Bom dia Drª Lúcia! Sou virgem e rolou, pela primeira vez, um lance de fazer sexo oral. Terminei engolindo o negócio e quero saber se corro o risco de ficar grávida. Estou desesperada!!!

Drª Lúcia: - Claro que corre o risco de ficar grávida! E a criança vai sair pelo seu ouvido!

Ouvinte: - Bom dia Drª Lúcia! Aqui é o Sílvio e eu gostaria de saber porque esses furacões recebem o nome de mulheres?

Drª Lúcia: - Porque quando eles chegam são selvagens e molhados, e quando se vão, levam sua casa e seu carro junto com eles!

Ouvinte: - Bom dia Drª Lúcia! Aqui é o Fred! Me tire uma dúvida... o que são aquelas saliências ao redor dos mamilos das mulheres?

Drª Lúcia: - Aquilo é Braile e significa "chupe aqui"...

Ouvinte: - Bom dia Drª Lúcia! Quero saber como enlouquecer meu namorado, só nas preliminares.

Drª Lúcia: - Diga no ouvidinho dele... "minha menstruação está atrasada"!

Ouvinte: - Bom dia Drª Lúcia! Sou feia e pobre. O que devo fazer para alguém gostar de mim?

Drª Lúcia: - Ficar bonita e rica!

Ouvinte: - Bom dia Drª Lúcia! Aqui é a Jaque! É o seguinte... o cara com quem estou saindo é muito legal, mas está dando sinais de ser alcoólico. O que eu faço?

Drª Lúcia: - Não deixe ele guiar. 








Ricardo Araújo Pereira

 Ricardo Araújo Pereira






Ricardo Araújo Pereira queixava-se, há dias, de não poder fazer piada com a palavra “paneleirice” sem que lhe caíssem em cima os homossexuais, pelo menos os mais impressionáveis.

Ora bem, paneleirices, são coisas de paneleiros, e agora cada um descubra que coisas são essas porque ninguém se dá ao trabalho de especificar ou dar exemplos, a não ser o tigre da minha história que recostado numa árvore da selva limava as unhas com uma lima especial que eles lá tinham para afiar garras de grandes felinos.

Passou por ele uma zebra que vendo-o naquele propósito, perguntou-lhe:

 - Ó tigre, o que estás aí a fazer? – Não vês que estou a afiar as garras para desafiar o leão para uma briga?

A zebra ouvindo falar em brigas com leões e pensando que ainda podia sobrar para ela, deu um salto e pôs-se a milhas...

Passado um tempo apareceu um guelengue, também chamado de boi-cavalo, que têm cornos e dão ao rabo quando fogem, e se tinha tresmalhado da manada.

- Ó tigre, o que estás a fazer? – Não vês? – Estou a afiar as garras porque vou lutar com o leão.

Outros animais foram aparecendo mas a conversa foi sempre a mesma e todos eles tiveram pressa em abandonar rapidamente aquele local que bem poderia ser cenário de lutas sangrentas...

O leão, que fazia uma sesta ali perto, e sestas é o que mais gostam de fazer, para além de encher as suas enormes barrigas à custa do trabalho das leoas, acordou, levantou-se, espreguiçou-se, rugiu para afirmar a sua autoridade de rei dos animais e num passo lento, como é hábito dos soberanos, decidiu-se por um pequeno passeio no território sob o seu domínio.

Passando pelo tigre e vendo-o naquele propósito, também não resistiu a perguntar-lhe:

 - Ó tigre, o que estás aí a fazer? - Ao que o tigre respondeu:

 - Ora, paneleirices...

Perceberam, agora, o que são paneleirices?... A quem não saiba contem-lhe esta história do tigre.




Mãos geladinhas !

 Mãos geladinhas !








Dois jovens namorados foram passar um fim de semana na montanha, durante o inverno.
À tarde, o rapaz foi à procura de lenha para fazer uma fogueira. Quando voltou disse à namorada:

- Querida, tenho as mãos geladas!

A namorada respondeu-lhe:


Põe-nas entre as minhas pernas. Elas aquecê-las-ão!

No dia seguinte, ele foi outra vez procurar mais lenha para a fogueira e, quando regressou, disse outra vez:

- Querida, tenho as mãos mesmo geladas!


Respondeu a namorada de novo:


Põe-nas entre as minhas pernas. Elas aquecê-las-ão!

Depois do jantar, para criar um melhor ambiente, ele voltou a ir procurar mais lenha e quando regressou, disse outra vez:


- Querida, tenho as mãos geladinhas!

A namorada, já enfadada, respondeu-lhe:


- Pelo amor de Deus, homem!!  Será que nunca mais te chega o frio às orelhas?