PERCETO II
(Talvez Obsessões Prazeirosas fosse um bom título)
PERCETO II
Sempre estive, estou errado,
Porém, ser certo é monótono.
Troco o tônico e átono,
As pernas e os bares sem pena.
A pena que me deram, ser poeta,
Me pesa nas pálpebras cansadas.
A minha amada trata o sexo
Como supérfluo e o essencial
Seria tê-la, três vezes ao dia,
Como me receitou o doutor
Que sabe da fraqueza imensa
Do meu pobre e velho coração.
Faz assim não! Faz! A poesia,
Como o sexo, não me dá nenhuma paz!
(Do livro A Alquimia da Vida, Editora Castanheira/Printer Laser, 1999).
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