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quinta-feira, 20 de março de 2025
................. "foda-se!"
Reinaldo Ferreira
quarta-feira, 19 de março de 2025
President John F. Kennedy's "Peace Speech"
Hoje é dia apropriado para lembrar um dos mais notáveis discursos políticos do século XX. O chamado Discurso da Paz, proferido por John Fitzgerald Kennedy a 10 de Junho de 1963 na Universidade Americana, em Washington.
Disse o malogrado presidente dos Estados Unidos, que cinco meses depois seria assassinado em Dallas:
«Que paz ambicionamos? Não a Pax Americana, imposta no mundo pelas nossas armas de guerra. Nem a paz dos cemitérios nem a segurança da escravatura. Falo da genuína paz - a paz que torna viável a vida na Terra, a paz que dá esperança às nações e lhes permite obter melhor vida para as gerações mais jovens, e não apenas trazer paz aos americanos, mas paz para toda a humanidade. Não apenas paz para o nosso tempo, mas paz para todos os tempos.»
Princípios, ideais, valores. Que diferença entre estas palavras e as que dominam as notícias de hoje, centradas num despudorado materialismo que a pretexto da paz só visa validar o esbulho de bens alheios e estrangular nações soberanas.
terça-feira, 18 de março de 2025
POESIA
quinta-feira, 13 de março de 2025
No es por ti - Grupo Corpo (Lecuona)
sábado, 8 de março de 2025
quinta-feira, 6 de março de 2025
rui amaral mendes in a noite o sangue [2016]
quarta-feira, 5 de março de 2025
Quarta-Feira de Cinzas
terça-feira, 4 de março de 2025
Kim Addonizio
segunda-feira, 3 de março de 2025
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025
Zaina Alsous
Fev
19
Eu normalmente não escrevo porque estou muito ocupado com medo disso. Não de escrever, mas
o it. É mais como abrir uma fruta. Não para provar, mas para ver o que sangra.
Aqui está um país. Aqui está uma pessoa naquele país que não tem documentos, mas cava
buracos na terra, planta árvores, enterra sua sombra. O país o odeia e
me odeia também, um pouco menos, porque tenho papéis. Um documento é uma coisa estranha.
Para perguntar à placenta sobre sua origem numérica. Para dizer à sujeira que ela pertence a você.
Os poetas deveriam se preocupar com a forma como um império nos faz odiar as pessoas sem
papéis. Quem poderia ser nós, quem somos nós, mas temporariamente menos humanos porque é
conveniente para os empregos. Os empregos são muito importantes para parar as bombas que queimam
a carne das crianças que eram meu rosto quando criança, mas eu vivo aqui, com papéis.
Eu chamo isso de minha vida. Essa linguagem é uma cadeia de acidentes. O que estou tentando dizer é não
ninguém dá a mínima para seus poemas, mas escreva-os de qualquer maneira. Se você tem um corpo, um
caneta, uma sombra que te segue como um cachorro, então faça com que signifique algo. Você é
vivo entre a carne explicado de volta para nós como mobília. A esperança é um imposto. Cada palavra - diga
em voz alta - estou aqui - é uma moeda, uma dívida devida ao amor. Leve o eco a sério. Nosso
viver é o enredo para cantar a conclusão. Deixe-o preencher você, deixe-o machucar. Cumprimente o
estranho: você sabia que nós compartilhamos um pavio?
Zaina Alsous
terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
POESIA
Papel
Sei que é muito difícil ser actor.
Claro que é fácil rir ou chorar,
Mas, interpretar está além
De ser o canastrão ou o zé ninguém
Que, na vida, sempre se é.
Ser actor
É coisa para Marlon Brando
Ou Meryl Streep.
É como tirar a roupa
Sem ficar nu
E continuar sendo quem se é
Quando se é outro.
Ser actor é como incorporar espíritos.
É ser outro no mesmo corpo
Fingindo o que não é
E, mesmo sendo branco, ser Pelé!
Ilustração: New York Theater.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
SÓ FAÇO......
Só faço poesia descalço
quero nos meus poemas
a marca dos passos que dou
como se as palavras fossem areia
de uma praia prometida
igual à da minha infância
caminho junto à rebentação do poema
que tenta salvar-se em espuma
que o mar há-de levar junto
com a marca dos meus passos.