Dança…
*
Hamilton Ramos Afonso
*
A tua voz quase sumida, chega até mim
que precisa de ser restaurada e restaura-me
sem que ofereça qualquer resistência, ouvindo
as banalidades com que me anestesias , para aos poucos
conseguires tocar-me a alma, arrepiando a pele…
Eu dou comigo a pensar que me entrego sempre ,
sem resistir, deixando-me conduzir nessa volúpia
em que me envolves, de tal modo , que nem dou conta
do despir dos corpos, das peles sorrindo uma à outra
e na dança lenta das duas almas que se entregam…
…uma vez mais.
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