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Eu perguntava sempre disparates,
é verdade. Perguntava, por exemplo,
se voltarias a amar-me tanto
como nos dias do amor mais jovem,
ou até mais, até mais que nunca,
até mais do que a ninguém, e se serias
capaz de o confessar perante todos.
É verdade, perguntava disparates,
não merecia uma resposta séria.
E aquele ser, mais escuro do que a noite
mais escura da alma, respondia
sem me fitar nos olhos: "Nunca mais".
Amalia Bautista
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