Elegiazinha mal-feita a um amor sempre incompleto
Para Tania Abbud, uma eterna Julieta
Ah! Este amor
que não se acaba,
e que não mais acontece,
tão derramado, perdido
que nunca se satisfaz.
Este amor que pouco importa,
que se contém em ser amor, e para o qual basta
olhar uma fotografia
perdida na minha pasta.
Não sei se em outra existência
(o antes e o depois é um mistério)
se tivermos (ou teremos?)
algo que seja assim tão sério.
Será que nos encontramos antes?
Ou só teremos um depois?
Será que isto foi tudo
possível entre nós dois?
Tanto te conheço e desconheço,
reconheço, e torno a desconhecer
que nunca te esqueço
mesmo quando quero te esquecer.
Para o grande amor não há borracha
Por isto este amor é sempre assim:
alegria e dor dentro de mim.
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