NOV
Porque me amas mais pela minha argila do que pela minha
flor; porque mais depressa encontro o teu braço quando
desfaleço do que quando me levanto; porque me acompanhas os
olhos até onde ninguém se atreveu a acompanhá-los e regressas
com eles amansados, a salvo de animais daninhos e pedriscos,
és para sempre o pastor dos meus olhos, o lume da minha casa,
o sopro vivo da minha argila.
Dulce María Loynaz
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