DECEPÇÃO
A doença da alma a ninguém mata,
Mas o faz agonizar sua grande pressão...
Quando a dor o coração maltrata,
Se escapa pelos olhos sua aflição.
Mas a pena que o pranto nos desata
Não ameniza o ardor do coração;
Suas fibras molhadas e com rancor dilata
Para acoplar a mais cruel desolação.
Oh, pobre do que em hora tão amaldiçoada
Sinta o amor e é do amor proscrito!
E foge da morte, mas também da vida!
Vive para provar que não é um mito
Que, se o homem se inflama sem medida,
Seu sofrer, sem amor, será infinito!
1 comentário:
Deceção, as punhadas da vida, que não matam mas não param de sangrar, roubam a luz do dia, o calor do sol, a pureza da chuva e os sonhos do sono da noite. Tão oca quanto vazia a deceção deixa a alma amortalhada!!...
Beijo Conde
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