SEM VOCÊ
Em cada fotografia, vejo
o que me prendeu
quando te olhei pela primeira vez
e vi
o tempo parar:
eu quase morri.
Desde então,
sou o eco de mim mesmo.
Quando tu estais longe
cada dia é o mesmo
como o de ontem:
o amanhã é uma página em branco
de um diário, nunca tocado;
sem você
todas as músicas
parecem marchinhas e polcas antigas:
não há novidades
para fazer poemas:
as pinturas se penduravam
de cabeças, para baixo, com vergonha.
Sem você
Eu vivi com apenas um coração
e sem arte:
as elegias falavam
de coisa alguma,
os pássaros cantavam
e eu não sabia.
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