Amanhece.
A noite ainda brinca no nosso corpo.
Teus olhos nos meus a fazer fogueira,
fogo queimando o tempo
e murmúrios afogados nos lençóis da noite
que ainda retêm teu cheiro,
fazendo arder a nossa vontade.
Não quero acordar nem dormir.
Quero o amanhecer imprevisível do amor
silencioso e cúmplice,
o sabor oculto
o prazer do enlace
o deslumbrado abandono,
o desejo solto nos teus lábios
onde o sol se acende,
o fogo inunda,
e o prazer se derrama...
Albino Santos
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