É uma descoberta histórica de incalculável valor, que muda radicalmente tudo o que se sabia sobre a fundação de Portugal. Afinal, D. Afonso Henriques não bateu na sua mãe, nem com as suas tropas andou à bulha, pelo contrário, pediu-lhe para falar lá com alguém pois pretendia ficar com o condado.
A troca de correspondência agora encontrada é riquíssima. D. Teresa, infanta de Leão, respondeu ao filho que sim senhor, mas que teriam de encontrar uma forma de parecer uma disputa, porque politicamente não ficava bem. Foi então que combinaram a batalha de São Mamede.
“Eu havia coisas que me pareceram estranhas, mas naquela altura não se podia falar”, recorda Simplício, um ex-combatente que participou naquela batalha. “Ah, olhe, deram-nos umas espadas de plástico, algumas até tinham luzes, dizia-se que tinham sido compradas nos chineses”, vai relatando, “diziam-nos para gritar ‘ai, morri’ e para cair, sempre que alguém nos tocava”.
Finalmente, ao cabo de tantos séculos, percebeu-se que era uma farsa. E podia ter corrido mal, porque quando foi da batalha de Ourique, acabou por se levar o mesmo arsenal e a coisa podia ter tido outro desfecho.
Entretanto, D. Afonso Henriques havia de precisar de outra cunha, desta feita junto do Papa Alexandre III, para reconhecer a independência de Portugal. O cardeal Simplício, que se dava muito bem com Alexandre, conseguiu convencê-lo a assinar a bula Manifestis Probatum em tempo recorde.
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