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domingo, 14 de fevereiro de 2021

Mais uma poesia de Carmen Sánchez Álvarez

 

Um sulco no jardim redime
o trânsito livre através do seu corpo.
Estrelas, cerejas e vaga-lumes
selvagens no teu seio,
florescem, esta noite e ao amanhecer,
ao esconder-se o sonho.
O abismo brilha ao acordar o dia.
Tão longes, tão vazios, tão atrás
ficam os beijos
que quisera
renovar a cada instante
votos efêmeros no teu leito.


Carmen Sánchez Álvarez



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